O mapa da realidade educacional brasileira é revelado por resultados de exames de larga escala que visam avaliar conhecimentos de estudantes da educação básica sobre as disciplinas escolares, em âmbitos nacional (como a Prova Brasil) e internacional (como o Programme for International Student Assessment – PISA). Esses resultados evidenciam a necessidade de repensar modelos e práticas do ensino de matemática nas diferentes etapas da educação básica. O Projeto Fundão Matemática vem atuando com esse objetivo há mais de 30 anos, visando à formação inicial e ao desenvolvimento profissional permanente do professor de matemática e o ensino da disciplina na educação básica. Esse trabalho é dado de forma colaborativa com os professores multiplicadores, licenciandos e participantes das oficinas e minicursos, ministrados pelo grupo.

Como uma das linhas de trabalho, o Grupo de Tecnologia do Projeto Fundão Matemática vem investigando, há 2 anos, o potencial do Modelo de Barras (também conhecido como Método de Singapura por estar fortemente incorporado ao ensino de matemática desse país, que vem obtendo destaque no PISA) na organização da informação e como estratégia de resolução de problemas. Como principais objetivos, a investigação visa a:

(i) Conhecer e fazer conhecer potenciais e limitações desse método;

(ii) Verificar se estão presentes e como se apresentam estratégias de resolução próprias do Método de Barras nos livros didáticos aprovados pelo PNLD;

(iii) Divulgar o método através de oficinas e, futuramente, com a publicação de um livro pelo Projeto Fundão – setor Matemática.

O Grupo existe desde 2016 e, até 2018, os estudos estavam focados na investigação do Potencial do uso do Modelo de Barras na Resolução de Problemas. Porém no inicio do ano letivo de 2019, devido a demanda dos professores do grupo e do cenário de implementação da BNCC, decidiu-se investigar, estudar e pesquisar, de modo concomitante, o ensino de Estatística e Probabilidade no Ensino Fundamental.